O governolançou um plano nacional para tentar destravar a expansão e desenvolver a malha ferroviária brasileira. A ideia é somar investimentos de R$ 140 bi do setor público e do setor privado — podendo chegar até R$ 600 bi.
Por que isso importa: Além de não ter malhas ferroviárias suficientes, o Brasil contém quase 30 mil km de trilhos que não consegue utilizar da forma adequada, principalmente por falta de integraçãoentre eles e sucateamento da infraestrutura.
Isso é um problema porque os trens são uma das melhores opções para fretes de média e longa distância. É o caso de soja, milho, minério de ferro e diversas outras commodities — cruciais para a nossa economia.
Mas por que não utilizamos ferrovias?
No século XIX, o Brasil exportava toneladas de café, utilizando trens para levar esse produto até os portos. Porém, a Crise de 29 fez despencar a demanda dos EUA — um dos maiores importadores na época —, o que impactou no uso das ferrovias.
Além disso, a industrialização, a urbanização e o governo de Juscelino Kubitschek também favoreceram a utilização de carros. Durante o período em que o JK governou, a distância de rodovias federais pavimentadas multiplicou por 3.
O objetivo do novo projeto
Agora, o governo está buscando um modelo de transporte mais eficiente, que modernize a logística nacional. Na prática, é o Estado tentando aproveitar um meio de transporte que está tendo boa parte do seu potencial deixada de lado há bastante tempo.